A Igreja que Pede Para Nascer
Texto Bíblico: Atos 1.12-14
O propósito da criação da Igreja de Jesus na Terra permeou caminhos inusitados e interessantes… Desde a confecção deste maravilhoso plano, Deus elaborou, de forma magistral, todos os detalhes para o nascimento da noiva de Seu Filho – Jesus Cristo.
O Processo de nascimento da Igreja é histórico e profético, por isso ocorreram inúmeras referências de ações providenciais do período de gestação, pré-natal e neonatal, articulada pelo Espírito Santo.
Os aspectos geográficos, econômicos, sociais, físicos, materiais, morais e espirituais são, cuidadosamente, organizados pelo Senhor dos Exércitos, a fim de que este evento do nascimento da Igreja seja perfeito e singular, especialmente quando se observa os seguintes detalhes:
A) O local de nascimento – Oriente Médio.
B) Os elementos/membros desta escolha – os escolhidos para Jesus.
C) A sociedade e a cultura na inserção da Igreja.
D) Os fatores políticos e econômicos como fundo histórico do berço eclesial.
O texto de Lucas é oportuno para refletir o nascimento e o pré-parto da Igreja. A narrativa sugere uma abençoada agonia parturiente, ou seja, a Igreja está pedindo para nascer, mediante algumas contrações importantes, vejamos:
1 – Ela tem a informação de que o parto ocorreria muito breve – 50 dias após a ascensão de Cristo (Lucas 24. 49, 52).
2 – Ela vivencia um cenário promissor de promessas efusivas de alegria e comunhão espiritual (Atos 1. 8,11; Lucas 24.52).
3 – Ela se prepara para nascer, quando resolve a pendência afetiva da perda de Judas, o Iscariote, mediante escolha e sucessão apostólica para nascer.
Vejamos: “A Igreja que Pede para Nascer”
1 – É aquela que simplesmente obedece as ordens de Jesus – Lucas 24.49; Atos 1.8
1.1 – Os 12 discípulos apenas atendem o comando do Mestre.
2 – É aquela que tem uma atitude de crer/confiar – Atos 1.8
2.1 – Os discípulos aguardam a promessa na sala de espera do nascimento (pacientemente, resignadamente, firmemente, confiantemente, corajosamente e equilibradamente).
3 – É aquela que tem um coração quebrantado/rendição diante da Glória de Deus…
3.1 – Por isso ela ora, jejua, vive em comunhão plena (família), anda na contramão do mundo, não aceita o errado como certo, não negocia seus valores éticos, morais e espirituais, não troca Deus por coisas, lugares ou pessoas.
4 – É aquela que tem uma unidade de esperança – Atos 2.1
4.1 – Os discípulos souberam esperar com ardor o nascimento espiritual da Igreja vivendo em unidade plena.
4.2 – Por isso, ela nasce forte, sadia, perfeita, dinâmica, disposta, corajosa, comprometida (com Deus e com a Palavra da verdade), transformada e transformadora, abençoada e abençoadora, aguerrida e vitoriosa, utilizando as forças do Reino de Deus que agem na direção da promoção das Causas que Deus advoga: justiça, verdade, santidade, perdão, solidariedade, fraternidade, transparência, humildade, integridade, amor ágape, misericórdia e compaixão pelos que sofrem e vivem sós no mundo.
Conclusão
Hoje, passados quase mais de 2 mil anos do nascimento histórico da Igreja de Jesus, necessitamos de um segundo nascimento desta para fazer a diferença e impactar o mundo caótico, sombrio, sem esperança e vazio.
Existe uma igreja pequena, desconhecida, humilde, hostilizada, ridicularizada e discriminada que anseia nascer, apesar de tudo… É a igreja que cada um de nós quer ser:
1 – Cheia de Deus, com simplicidade de fé e esperança.
2 – Cheia de comunhão plena e disciplina no obedecer aos comandos do seu Deus – não discute, não questiona e não vacila, apenas faz o que Deus manda.
Quando obedecemos a Deus em resposta à sua aliança conosco selamos o compromisso de fidelidade. O escritor aos hebreus destaca a pessoa de Abraão como amigo de Deus, porque sua atitude em obedecer o fez pai da fé. “É melhor obedecer a sacrificar”. Esta obediência é uma atitude de amor e vínculo entre nós e o nosso Deus.
3 – Cheia de afetos e unidade uns com os outros.
4 – Cheia de paciência (jamais apressada), profundidade (jamais superficial e emocionalista) e adoração verdadeira (jamais uma igreja apenas festeira).
Por: Pr. Luiz Gustavo Garcia de Queiroz