Aflição, Angústia e Ansiedade do Cristão
Textos Bíblicos:
Aflição: Gn 16.11; Dt 16,3; Jó 5.6; Is 48.10; Sm 3.1; Jo 16.33; II Tm 1.8; Tg 5.10.
Ansiedade: Mt 6.25, 27,28; I Pe 5.7.
Angústia: Gn 35.3; Dt 4.30; II Sm 4.9; Jó 5.19; Sl 4.1; Sl 50.15; Pv 11.8; Jr 14.8; Rm 8.35.
As vezes esquecemos que somos terrenos, finitos, limitados e humanos… Enganamo-nos com os discursos espiritualistas, místicos e até religiosos, quando tentamos separar, dividir, dicotomizar ou mesmo tricotomizar o homem, privilegiando e/ou desprezando uma parte da outra. O homem é um ser total, completo e real. Por isso, nascemos, crescemos, envelhecemos, morremos e ressuscitaremos um dia. Somos bio-psico-social-religioso.
01 – Definição e Conceito de:
1.1 – Aflição: Sentimento de “aperto no peito”, expectativa, temor, tribulação… É a experiência pessoal, interior de insegurança e desespero ante uma ameaça externa.
1.2 – Ansiedade: “Sentimentos de incerteza e impotência em face do perigo”. É a apreensão deflagrada por uma ameaça a algum valor que o indivíduo considera essencial para a sua existência como personalidade.
1.3 – Angústia: É o sentimento de abandono, desestruturado e confuso do indivíduo pela ameaça da perda do objeto da afeição.
02 – Relação entre Aflição, Angústia e Ansiedade na Bíblia:
2.1 – Aflição: Dificuldades, lutas, tribulações ou ossos do ofício – fatores externos que mobilizam os sentimentos do sujeito.
2.2 – Angústia: Sentimento de dor, cansado pela complexidade existencial, sofrimento. (Rm 8.35; II Co 2.4/ 6.4)
2.3 – Ansiedade: Preocupação antecipada, sentimentos de expectativas ou insegurança pelo objetivo. Sofrimento antecipado pela ameaça externa. (I Pe 5.7; Mt 6.25, 27, 28)
03 – Origens da Ansiedade
3.1 – Origem pela conservação e/ou instinto de vida no homem.
3.2 – Em situações de ameaças aos seus valores vitais, o homem experimentará ansiedade.
3.3 – Alguns, como Freud, ensina que a origem da ansiedade concentra-se com o “trauma do nascimento” ou o “medo da separação da mãe”.
3.4 – O perigo de macular o relacionamento afetivo entre o bebê e sua mãe, constituirá para este numa fonte primária de ansiedade.
04 – Características Gerais da Ansiedade:
4.1 – É o medo da perda de identidade. O sujeito tem a percepção de que poderá deixar de existir como um Eu.
4.2 – Ausência de significação. É o medo de vir a ser nada.
4.3 – Sentimentos de ameaça, de desintegração do Eu.
05 – Prevenção e Medidas Ansiolíticas:
5.1 – Manutenção da continência da mãe frente ao bebê em sua relação afetiva:
- Propicia segurança, autoestima elevada e conforto emocional para o futuro adulto.
5.2 – Experiência e/ou vivência sócio-fraternal da valorização humana no contexto bíblico cristão. (Rm 12.10)
5.3 – Conhecimento e experiência espiritual do crente com seu Deus no relacionamento paternal:
- Vivenciar sua filiação e desfrutar dos seus legítimos direitos de filhos amados (Ef 5.1)
Nunca entregue a sua alma à aflição, à ansiedade, à angústia. Não desista diante da primeira ameaça ou dificuldade. Não permita que esses desconfortos sentimentais comprometam a sua vida e o seu futuro. Não se desespere antes de esperar. Cultive uma esperança viva e segura. Desfrute da grata surpresa de que Deus lhe ama, acolhe, protege, consola, fortalece, compreende e lhe aceita como é. Orgulhe-se naquilo que você é em Deus. Olhe para si com os olhos de Deus. Deus lhe vê como pessoa de valor, útil, importante, potencial, menina dos Seus olhos e fruto de Seu projeto.
CORAÇÃO AO ALTO!
Por: Pr. Luiz Gustavo Garcia de Queiroz