As Duas Dimensões do Homem

Texto Bíblico: 1 Coríntios 13.11

Conhecer a vida adulta, saber trabalhar a problemática da realidade nossa de cada dia, pressupõe também descobrir o mundo da criança, conhecê-lo em todos os seus viés e antagonismos. Portanto, não é fácil ser adulto, nem todos conseguem sê-lo… E a pergunta intrigante é: por que? Se tenho crescido fisicamente, já sou maior de idade.

Na tentativa de resolver a questão supra mencionada, ou de definir e regulamentar o binômio criança x adulto; imaturidade x maturidade; a formulação do teste de Q.I (quociente intelectual) mostra-nos duas categorias especificas: a idade cronológica e mental do sujeito. O que se busca nesta investigação é saber se a idade mental corresponde ou se aproxima da idade cronológica do indivíduo, mediante uma série de resultados obtidos nos testes específicos. Assim, fica resolvida a questão se sou adulto ou criança.

Dentro da perspectiva emocional, não basta apenas ser grande, crescer os cabelos etc., é preciso portanto considerar: “As Duas Dimensões do Homem”.

1 – O Mundo Infantil – 1ª Dimensão (vs. 11a)

1.1 – “Falava como menino” – A comunicação verbal da criança:

a – Gritaria – para saber que esta falando – necessidade auditiva em desenvolvimento;

b – Fala Simbólica e as vezes ininteligível – A criança verbaliza menos, lança mão de símbolos e murmúrios (confabulações);

c – Fala Silenciosa – A criança sonha e conversa dormindo expressando seus conflitos inconscientes da linguagem não falada.

1.2 – “Sentia como menino” – o sentimento da criança:

a – É um sentimento voltado para o prazer (satisfação egóica – as relações primitivas da criança);

b – É um sentimento voltado para a fantasia (as relações primárias com o objeto);

c – É um sentimento voltado para o aqui e agora (a criança é imediatista, não sabe suportar frustração).

1.3 – “Pensava como menino…” – O pensar da criança:

a – É um pensamento sem maldades.

b – É um pensamento narcísico (ela como referencial do objeto).

c – É um pensamento limitado (estão em desenvolvimento as atividades neuronais e de aprendizagem).

2 – O Mundo Adulto (vs. 11b)

2.1 – Na comunicação:

a – É lógica, clara e inteligível;

b – Ponderada, explícita e sincera (?);

c – É para edificar, organizar, repartir e planejar;

2.2 – No Sentimento:

a – Um sentimento voltado à realidade;

b – Um sentimento voltado à realização de si e do próximo;

c – Um sentimento de esperança -> por isso, não confunde; não frustra…

2.3 – O pensamento adulto:

a – É um pensamento de grandes possibilidades -> o sonho de Deus;

b – É um pensamento com estilo e caráter transformador pela lavagem do sangue de Jesus – pensamentos celestiais – Col. 3.1;

c – É um pensamento resignado e abnegado – busca-se aqui a plenitude da humildade (reconhecer que não vive para si próprio).

Conclusão

O que podemos entender da assertiva Paulina é que o apóstolo necessitava da maturidade dos crentes para compreender, empreender e aceitar o projeto maior da vida cristã: a busca e a conquista da vida emocional cristã na fase adulta. Ele queria que todos fossem adultos para:

  1. Evitar na igreja: a maledicência, o ciúme, a amargura, os ressentimentos, os comportamentos infantilizados e regredidos, o orgulho, a soberba, a autossuficiência, as preferências entre irmãos, o ódio, as murmurações, para viver triunfantes em todas e acima de quaisquer circunstâncias, vivenciar uma personalidade equilibrada e normal, para valorizar o outro, mediante tratamento espiritual, amigo, gentil, respeitoso, firme na palavra, dinâmico e maduro, para evitar iras, vinganças, revanchismos, indiferentismos e exaltação pessoal nos relacionamentos, para praticar a justiça e a misericórdia;
  2. Saber valorizar o que tem conquistado -> salvação e perdão;
  3. Escolher o caminho da vida eterna -> implica em perder o caminho do mundo. Estamos no mundo, mas não nos deixamos amoldar ao mundo (no aspecto físico, social e espiritual). “No compasso dos tempos mas ancorados na rocha (Jesus)”.
  4. Saber administrar os conflitos da vida com resignação, valentia, coragem, determinação, sem desanimar ou perder o “brio” -> tenhamos lucidez e coerência nas dificuldades.

Deus é fiel para conosco – Ele não nos deixará sozinhos.

Por: Pr. Luiz Gustavo Garcia de Queiroz